07/09/2008

O parto de uma Nação

A imagem ao lado, da mulher de seios nus indicando o caminho para qual os homens devem seguir foi pintada por Delacroix e representa a Revolução Francesa. O quadro se chama: A liberdade guiando o povo.

O momento atual me faz lembrar exatamente o que ocorreu. O novo dando lugar ao velho, arcaico,um Brasil autoritário, personalista e centralizador para um Brasil moderno, com uma justiça impessoal e uma sociedade desligada de preceitos do passado que só nos fizeram andar em círculos.

Leia o texto abaixo para entender.

O parto de uma Nação

por Luis Nassif

É extraordinário o que estamos testemunhando nesses tempos de Satiagraha: é o parto de uma Nação.

Haverá ainda muita frustração pela frente, muita sensação de impotência, muito ceticismo se o país conseguirá ser alçado à condição de Nação civilizada. Mas a marcha da história é inevitável.

Está-se em plena batalha da legalidade contra o crime organizado. Os jovens juízes, procuradores, policiais que ousaram arrostar décadas de promiscuidade estão no jogo. Se eventualmente forem calados agora, a decepção geral será o combustível para a reação de amanhã.

O país está submetido a duas forças que caminharam em paralelo mas, agora, começam a colidir.

Uma delas, a consolidação de valores republicanos – não necessariamente de práticas - como a impessoalidade no trato da coisa pública, a transparência cada vez maior, movimento acelerado pelo advento de novas tecnologias de informação, a reação contra a impunidade.

Ao mesmo tempo, tem-se um país institucionalmente refém de desequilíbrios enormes. A falta de transparência do ciclo que se esgota abriu espaço para amplos abusos em todos os poderes – Executivo, Legislativo, Judiciário e mídia, grande capital.

Criou-se uma enorme Nação de rabo preso em um momento em que a disseminação de valores e de tecnologia definia novos níveis para a transparência.

Ao mesmo tempo, o mundo (e o Brasil) ingressou em um ciclo de financeirização que permitiu a expansão ampla do crime organizado. Descrevo em detalhes esse processo no meu livro “Os Cabeças de Planilha”. Já tinha descrito esse modelo no meu “O Jornalismo dos anos 90”, no capítulo referente à CPI dos Precatórios.

A falta de regulação e controle nos mercados, a existência de paraísos fiscais, a complacência das autoridades reguladoras (e da mídia) criaram uma imensa zona cinzenta onde se misturou a contravenção fiscal com a corrupção política, a simbiose de “figuras notáveis” com o crime organizado. A falta de um regramento adequado e de instituições que combatessem os abusos, permitiu essa promiscuidade ampla.

Esse é o nó.

Agora, as instituições estão aí. Mas há um pesado passivo que não interessa a muitos que venha à tona. O resultado dessa batalha de transição é que definirá os rumos do país: se submetido aos limites da lei; ou do crime organizado.

Os novos atores

Aí entram dois atores. O primeiro, a mídia.

Já escrevi várias vezes sobre o tema, e volto a ele. Nesse ambiente promíscuo, parte da mídia passou a se valer da denúncia não como um instrumento de melhoria dos hábitos econômicos e políticos, mas como instrumento seletivo de poder. O esgarçamento dos critérios jornalísticos abriu espaço para os abusos que, agora, chegam a um ponto de alto risco para imagem da mídia.

Nesse movimento, papel essencial foi desempenhado pela diretoria de redação da Veja. Graças ao seu amadorismo, conduzindo uma operação de alto risco – os pactos com Daniel Dantas - escancarou um modelo que, em mãos mais hábeis, levaria mais tempo para ser percebido.

O segundo ator são os órgãos de repressão ao crime organizado, que surgem no início dos anos 90 e se consolidam a partir da gestão Márcio Thomaz Bastos no Ministério da Justiça.

A maior parte do dinheiro do crime organizado transita pelo mercado financeiro, através de operações esquenta-esfria, de doleiros, de esquemas em paraísos fiscais, um universo intrincado que passa ao largo da compreensão do cidadão comum.

Tenho muito orgulho em ter contribuído de alguma maneira para preparar esse terreno para o combate ao crime organizado.

No início dos anos 90 passei análises sobre o mercado financeiro para o juiz Walter Maierovitch, o primeiro brasileiro a estudar seriamente o fenômeno do crime organizado.

No início de 2003, a convite de Márcio Thomaz Bastos dei uma das duas palestras de abertura do Seminário que ocorreu em Pirinópolis, juntando Ministério Público Federal, Polícia Federal, COAF, Banco Central, Secretaria da Receita Federal. Juntei as informações e análises que tinha coletado na cobertura da CPI dos Precatórios e dos esquemas de doleiros – que serviram de base para meu livro.

Surpreendi-me ao me dar conta da extensão do trabalho que se propunha, essa integração necessária entre os diversos órgãos, a busca de ferramentas de análise, de equipamentos de monitoração, o entusiasmo dos jovens funcionários públicos e as figuras mais velhas, respeitáveis, de Cláudio Fontelles, Paulo Lacerda e Márcio Thomaz Bastos.

Montou-se a organização, preparam-se os funcionários públicos e lhes foi conferida uma missão. E eles passaram a seguir o manual. Institucionalizava-se o combate ao crime organizado. E, institucionalizado, passava a se tornar, também, impessoal. Assim como em nações civilizadas, não havia mais intocáveis a serem preservados.

Nesse momento, deu-se o choque com o Brasil velho.

O choque do antigo

No início havia convivência estreita entre os dois poderes: a nova estrutura de repressão ao crime organizado e a mídia.

Houve muitos abusos, sim, invasão de escritórios de advocacia, vazamento de peças do inquérito. É possível que abusos continuem a ser cometidos. Mas tudo era suportado, defendido pela mídia, na condição de aliada preferencial, tendo acesso aos “furos” e blindagem contra abusos.

A convivência prosseguiu enquanto órgãos de mídia entendiam que a aliança lhes garantia salvo-conduto. Explodiu quando se revelou a extensão da Operação Satiagraha.

Aparentemente, a Operação Satiagraha flagrou quatro grupos envolvidos com o crime organizado: advogados, juízes, políticos e jornalistas/empresas jornalísticas. O que se pretende, agora? Julga-se ser possível varrer o processo para baixo do tapete? Em plena era da Internet, dos blogs, dos sites, do e-mail, julga-se ser possível passar em branco essa monumental manipulação das informações que se vê agora?

O jogo está no fim. Daqui para diante será esperneio. Continuarão assassinando reputações, promovendo factóides, manipulando ênfases. É possível que destruam Paulo Lacerda, Protógenes, De Sanctis e todos os que ousarem enfrentar esse tsunami. Mas não conseguirão parar a história.

Desse lamaçal, vai emergir uma nova mídia, uma reavaliação na qual os jornais sérios entenderão, em algum momento, que não dá mais para se envolver até o pescoço por uma solidariedade corporativista com os que transigiram.

E não adianta tentar transformar essa guerra em um Fla x Flu, Lula x oposição, PSDB x PT. Não cola. É uma briga da lei contra o crime organizado. Há que se definir limites para evitar abusos. Mas o que está em jogo é a tentativa de desmonte dessa estrutura.

Apostar que serão bem sucedidos, será apostar no atraso, na falta de leis, na manutenção dos abusos da mídia e dos grampos ilegais, no império do crime organizado, na promiscuidade entre poderes.

É esse o país que vamos entregar para nossos filhos? É evidente que não.

30/08/2008

Escritórios de Portas Abertas

A PUC novamente lidera as iniciativas em prol do reconhecimento e do desenvolvimento do Design.
As empresas que mais têm crescido são as que estão investindo tanto em design quanto em sustentabilidade. Um belo exemplo é a Samsung.
Depois da realização da feira industrial que reuniu três feiras em uma, o Governo do Estado resolveu entrar nesta parceria.

Mas a melhor notícia é que não apenas a PUC, mas também a UERJ está nessa empreitada. Ela têm o melhor curso de design de produto do Brasil, e uma biblioteca fantástica com um acervo de milhares de livros de arte e design de todo o mundo. (Esta biblioteca ainda fica de muro colado com a escola de música da UFRJ. Fazer uma pesquisa ao som de um violino ou arpa é uma experiência indescritível).

A ESDI foi fundada diretamente pelos pioneiros da Bauhaus fugidos da perseguição nazista. Ela se tornara até a década de 60 o pólo nacional de orientação a nova produção industrial brasileira.

22/08/2008

Google fazendo contas

Voce sabia que o Google faz contas?

Se voce disse nao provavelmente faz parte da maioria das pessoas. A "descoberta" foi feita sem querer no traballho. Digite a equacao seguida do sinal = e espere o resultado.

P.S: Primeiro post usando o iMac. Ainda nao sei usar os acentos aqui.

17/08/2008

Não dá para reinventar a roda - "A tal VJ Times"

por Fabio Lopez

A alguns dias atrás, a equipe de designers da VEJA apresentou algumas mudanças no projeto gráfico da revista, para finalmente resgatar a publicação da década de 80.

O resultado vocês podem verificar nas bancas. Ou não.

Segundo o responsável pelo projeto, o diretor de arte Carlos Nery, a maior alteração ficou a cargo da tipografia: para substituir a descolada Times New Roman, utilizada pela revista há quase 500 anos, a equipe 'projetou' uma NOVA versão da Times (isso mesmo) batizada internamente de VJ Times.

As alterações consistiram basicamente em torná-la menos legível - apesar do diretor de criação ter argumentado justamente o oposto na apresentação oficial do projeto.

Com o intuito de socar mais informação na página da revista, o designer condensou levemente a Times, reduziu suas hastes ascendentes, aproximou os acentos das letras e tornou a fonte levemente mais fina.

Apesar de achar o veículo de informação em questão desprezível (e o Mainardi um completo débil mental) meu espírito de porco falou mais alto, e após ler meia dúzia de críticas sobre o projeto numa outra lista de discussão, calcei o chinelo e me dirigi imediatamente a uma banca de jornal para verificar o que havia sido feito e encontrar divertidas formas de contrariar os outros.

Mas foi impossível. :)

Além de 'atualizar' a Times com a Times Tabajara, o designer parece ter feito tudo que não devia pra deixar a revista um pouco pior. São alterações milimétricas, mas que milimetricamente conseguem foder os culhões do leitor, cansando-o por tornar a leitura ainda mais cansativa - não bastando o conteúdo das matérias e o posicionamento ideológico da revista, parecido com as opiniões daquele seu vizinho reacionário que lamenta o fim da ditadura.

A redução nas ascendentes tornou o contorno das palavras mais sutil e seu reconhecimento imediato mais tortuoso; os acentos estão perigosamente colados nas letras - criando a olhos desatentos caracteres de compreensão duvidosa (ver 'ô'). A redução nas ascendentes causou ainda uma aproximação (intencional) entre as linhas da página, socando a informação e prejudicando o alívio da mancha de texto - proposto de forma antagônica na diminuição da espessura das letras. Essa redução no peso não foi uma atitude muito inteligente, na medida em que uma impressão em rotogravura exige letras mais resistentes, com serifas e hastes sólidas para suportar uma imagem naturalmente pontilhada.
Fotos retiradas com o auxílio de um conta-fios podem ser vistas nesse link (cortesia de Mario Amaya):
alt="Chega a doer os olhos" http://marioav.nadamelhor.com/blog/0808/080804-veja/

As fotos estão muito aproximadas e o melhor é ver a revista na banca. Nessa situação em um primeiro momento nada é percebido, mas com um olhar mais atento é possível reparar que a leitura está sutilmente mais difícil.

Ao que parece, a Franklin Gothic dos títulos também sofreu alguma alteração - nos mesmos moldes Tabajara (e com os mesmos objetivos) do que foi feito com a Times.








Para retirar a dúvida, vale comparar a revista VEJA com a concorrente Época, que recentemente também passou por uma reforma gráfica. No lugar de redesenhar a tipografia nos fundos do quintal, os designers escolheram para a publicação a excelente Stag, do type designer Christian Schwartz e deixaram o projeto bem melhor.

Não se assuste se encontrar inúmeros elogios a equipe de tipólogos (sic) na sessão de cartas: é praxe ver políticos e baba ovos profissionais jogando confete na equipe editorial por qualquer coisa - principalmente no que puder fazer o conteúdo das matérias se tornar ainda mais obscuro.

Ver para crer.

10/08/2008

Brasil Campeão na Internet

Essa reportagem de Carta Capital é a melhor leitura do que de fato vêm ocorrendo na internet brasileira. Explica sem usar uma linguagem imbecil desde o fenômeno das lan houses, as cidades digitais e até o tal jeitinho brasileiro de usar a internet, jeitinho positivo vale ressaltar.

Mostra o lado construtivo da rede como o caso do mendigo que baixava apostilas pela internet numa biblioteca pública e acabou passando num concurso para o Banco do Brasil, e não aquela coisa de antro de pedofilia ou destruidor de casamento.

Uma reportagem como essa era extremamente necessária num momento em que a web é crucificada como centro de todos os males do mundo. A internet é um reflexo do mundo exterior pois é feita de pessoas que usam máquinas.

Ressalta ainda que o maior entrave ainda é o alto custo da banda larga, quase 400 vezes mais caro que no Japão e propõe uma discussão sobre como baratea-la. Imperdível!

04/08/2008

Sistemas de Navegação "Touchscreen"

Não sabe o que é touchscreen?

Isso é Touchscreen! Fiquei quase uma tarde na AppleStore na FNAC do BarraShopping fuxicando o iPhone sob os olhos de "-Ou compra vai embora seu chato!" da vendedora. Tudo bem que era o antigo, mas o que mais me interessava era o sistema de navegação.

Ele subverte toda a arquitetura da informação como a conhecemos. Os elementos comuns como textos, imagens e boxes podem ser redimensionados do jeito que quisermos. Podemos girar, arrastar e até dar um tapa na tela para ver o "susto" que o elemento toma. O que fazer agora já que a barra de navegação desaparece?

A navegação pode se extender horizontalmente ou verticalmente. Ampliar e mostrar conteúdo hiper-reduzido e então ampliá-lo. Alterar propriedades de cor, luminância, forma e até se transformar em outros elementos.

Num contexto deste, é impossível imaginar que rumo isto vai tomar, aliás pode tomar milhares como é característico da internet.

Tudo muito bonito, tudo muito muderno. Mas e agora para usar o Photoshop? E o esforço braçal? Será que vou terminar o dia feito o Chaplin de tanto apertar os parafusos? Vou sair querendo recortar e colorir tudo que vir pela frente?

Seria maravilhoso se o mundo real tivesse estes comandos. Assim que eu visse um acidente por exemplo, poderia clicar CTRL+Z e evitar que o pior ocorresse. Selecionar algumas pessoas e apertar Mudo, ou quem sabe Delete? Colocar a mao na minha carteira, segurar uma nota e ir clicando infinitamente "Duplicar Elemento".



Pena que não é assim. A tecnologia ja está disponível para PC´s, pena que infelizmente ainda não foi comercializada de forma que seja consumida em massa, mas uns doidos do TechCrunch lançaram o desafio de fazer a parada custar até 200 dólares e foi um dos artigos mais comentados da história do site. O que isto pode render de agora em diante é algo que só o tempo dirá!

29/07/2008

Os caminhos do pensamento criativo

Essa reportagem têm tudo a ver com a questão debatida um pouco antes no artigo "Designer têm que saber programar?"

28/07/2008

Bruno Porto na China



Esse cara foi o único que consegiu me reprovar numa matéria em 5 anos de faculdade.
O blog dele está na lista de links ai ao lado.

E lembrar que aqui quem faz o atendimento das agências são aquelas meninas bonitas e burras recém saidas da faculdade de comunicação. Estas agências acreditam que com beleza irão agradar o cliente. As agências de propaganda ou escritórios de design que mais dão certo sãoa queles em que o próprio dono é formado na área e faz essa parte.

Por aqui a maioria dos clientes têm um medo que se desespera de uma ação de marketing mais arrojada. Veneram o tradicional com uma idolatria irracional e esperam que algo venha de fora para ai sim poderem se espelhar. Parte desta situação é causada pela total desconexão de executivosde administração e marketing com qualquer coisa que não lhe seja passado na faculdade. A faculdade é a base de todo conhecimento, mas o mundo globalizado está nos mostrando o valor de aprender com o que contece a nossa volta e não só no meio acadêmico. Para algumas pessoas sair da faculdade significa perder o interesse pelo mundo e possibilidade de não precisarem estudar mais nada.

25/07/2008

O futuro da publicidade em vídeos



Ando meio sem tempo de escrever algumas coisas que eu estou querendo, por isso só estou postando coisas legais que acho que sejam referentes ao blog.

Person of the Year

Pessoa do ano de 2006.
Vale a pena recordar.

Você. Sim você.
Você controla a era da informação.
Bem Vindo ao seu mundo.

22/07/2008

A "Cauda Longa" da economia digital

Replicado da Guerrilhapédia.

O livro A Cauda Longa (do original em inglês The Long Tail) foi publicado nos EUA em 2006. E é o resultado de um detalhado estudo desenvolvido por Chris Anderson, editor-chefe da revista Wired, no qual analisa as alterações no comportamento dos consumidores e do próprio mercado, a partir da convergência digital e da Internet. Trata-se da teorização de um fenômeno já existente e em virtuosa ascensão na indústria do entretenimento, que tem gerado um movimento migratório da cultura de hits para a cultura de nichos, a partir de um novo modelo de distribuição de conteúdo e oferta de produtos.

Antes da Internet, a oferta de produtos era feita única e exclusivamente através de meios físicos: um produto físico, distribuído através de um modelo de distribuição físico, exposto em lojas físicas, que atendiam os consumidores de determinada região. Nesse modelo, os custos de armazenagem, distribuição e exposição dos produtos são muito altos, o que torna economicamente viável apenas a oferta de produtos populares, para o consumo de massa. E é justamente por isso que crescemos acostumados a consumir um número reduzido de mega-sucessos; pop stars, block busters etc. Um varejista tradicional, que tem custos fixos altíssimos para manter sua loja aberta, não tem espaço nas prateleiras para ofertar um produto que não venda pelo menos algumas dezenas de exemplares todo mês. Essa é a cultura de hit.

Com o surgimento do mundo virtual, estamos cada vez mais transformando em bits o que antes era matéria. E é justamente o rompimento das barreiras físicas que torna possível a criação de modelos de negócios de Cauda Longa, em que a oferta de produtos é praticamente ilimitada, uma vez que os custos de armazenagem e distribuição digitais são infinitamente inferiores. Produtos economicamente inviáveis no modelo de hit encontram no meio digital seus consumidores. Por sua vez, os consumidores que antes tinham acesso a um número reduzido de conteúdos, passaram a ter uma variedade quase que infinita de novas opções. E passaram a experimentar mais, consumir produtos que até então desconheciam. É essa variedade e essa nova experimentação que proporcionam as alterações no consumo tradicional (Não é à toa que a geração da Internet é menos fiel às marcas e mais predisposta a consumir novos produtos).

O que antes era um mercado ignorado, não só passa a ter valor como vem crescendo a cada ano. Peguemos como exemplo o mercado de músicas digitais. Somadas, todas as centenas de milhares de músicas menos populares, de bandas menores ou desconhecidas no mainstream (novos nichos), cujas faixas vendem apenas alguns downloads ao ano na iTunes, já representam um volume de vendas equivalente ao dos poucos hits produzidos para vender milhões de unidades.

Importante destacar que o conceito de Cauda Longa se aplica a praticamente todo mercado, inclusive o mercado de mídia. Com a convergência digital, é muito provável uma reorganização na distribuição da audiência, não apenas por conta de alterações nas características dos meios e na maneira como são consumidos, mas principalmente por alterações no próprio comportamento do consumidor.

No Brasil, a Rain Network criou uma plataforma de comunicação baseada no conceito de Cauda Longa, cuja distribuição digital de filmes para cinema tem aumentado o acesso a conteúdos até então indisponíveis para o consumo no país.

19/07/2008

Como montar e espalhar uma farsa na web

Se você é uma pessoa sensível, não se assuste pois é so uma armação.



Muitos mitos têm aparecido na internet. Desde aquele vídeo do OVNI no Haiti até esta história do fantasma no estúdio. Sendo que este pode soar assustador aos leigos, mas não passa de um efeito bem mole para quem conhece algo de efeitos especiais. Eu trabalho com um programa chamado After Effects que cria efeitos especias e matei na hora a farsa.

O cara pegou uma imagem de uma pessoa, filmou no cromaqui (no original chroma key ou chave de cromos, aqueles fundos verdes que são removidos para a inserção de outro conteúdo) e logo depois aplicou alguns efeitos.

- Isolou a imagem e saturou a coloração para um tom entre o azul e o branco;
- Extrapolou o contraste e aplicou um desfoque (Gaussian Blur);
- Removeu a parte de baixo usando máscaras.

E agora o que fez mais dar na pinta: O "fantasma" não passa por trás do apresentador da direita.
O "fantasma" na timeline do programa está uma camada acima, mas a aparição na cena deve dar a ideia de que ele esta passando por trás. Para fazer iso com perfeição, ele deveria criar uma máscara que repetisse exatamente todos os movimentos de cena e ai sim, cobrisse a imagem do fantasma por alguns segundos. Mas o que acontece é que o fantasma não segue esta trajetoria linear, ele desaparece e reaparece um pouco afastado.

Isso é o que eu chamo de uma frasa preguiçosa.

17/07/2008

Designer têm que saber programar?

Precisa-se de Webdesigner:
O profissional precisa ter conhecimentos em Photoshop, Flash, Dreamweaver, Fireworks, CorelDraw e InDesign. Deve saber programar em PHP, ASP, XML, HTML, CSS, ActionScript.


Pra começar eu jamais mandaria um curriculum para uma empresa que me pedisse CorelDraw, mas vamos continuar.

A maioria dos anúncios de vagas de emprego vêm com exigências em termos de linguagens de programação. É certo que um designer não pode ser restrito apenas ao layout e deve procurar acrescentar algo a mais em suas habilidades.

Na maioria dos casos o que se vê são designers de web trabalhando além das ferramentas tradicionais (Flash, Dreamweaver...) com algo como mídia impressa, ou então programando no máximo uma linguagem web como Ajax ou PHP com MySql.








Mas têr as 3 habilidades (e bem) já é algo um tanto difícil. Só o fato de se achar alguém que faça um layout de boa qualidade hoje em dia ja é difícil. Geralmente os melhores designers que têm habilidades de ilustração mesmo que muito básicas, possuem feedback criativo muito maior.

O ato de criar, e criar bem, só pode vir de uma mente voltada a área artística. Alguém que aprecie arte em geral e saiba interpretar um conceito artístico. Automaticamente ao lidar com conceitos subjetivos, terá noções de marketing, fotografia, diagramação...
O trabalho de layout e adequação de linguagem a um produto ou serviço é mais difícil do que se imagina e requer do profissional uma enorme bagagem cultural e uma mente disposta a dispensar idéias que venham através do processo de brainstorm muito rapidamente.
Esse é o trabalho com o hemisfério direito do cérebro.

Design e marketing estão trabalhando lado a lado e estão bem mais correlatos do que nunca. A internet é a mídia que mais cresce no mundo e ainda têm a possibilidade de tornar o consumidor parte da ação.

Programadores e profissionais de informática em geral trabalham com o lado direito do cérebro. Sem desmerecer o trabalho dos programadores, um profissional de design com conhecimentos de marketing ainda é bem mais necessário que um profissional que também tem uma boa programação.

O trabalho de programação em si requer conceitos muito bem definidos. Uma mente lógica e linear. Alguém que esteja disposto a seguir regras e métodos que não são flexíveis, e isso chateia muito uma mente criativa.

Parte do mercado têm requerido profissionais "coringas" mas que não se aprofundam em nada. Sabem um pouco de cada coisa, mas não conseguem se aprofundar em determinada área.

É um erro achar que se utilizar de profissionais "coringas" irá fazer com que a agência diminua custos para investir no crescimento. É justamente espelhando o padrão de atuação de grandes agências - por mais que represente custo no presente - que haverá a possibilidade de crescimento.

Será que as agências têm tanto "desconhecimento assim" e se têm, porque não deixam então nós entrarmos na área do atendimento?

16/07/2008

O mercado de trabalho do século 21


"O mercado de trabalho do século 21 têm exigido cada vez mais profissionais que não apenas tenham conhecimento do que fazem, mas que tenham o conhecimento de que de uma hora para outra podem precisar jogar fora tudo aquilo que conhecem."
Waldez Ludwig

13/07/2008

Um novo Tropa de Elite?

Ao que parece não, é o que garante o diretor Guilherme Coelho. A idéia e mostrar a sociedade como é a vida dos militares no Brasil, a partir do ponto de vista da Brigada Paraquedista.
O documentário PQD foi uma das estrelas dos debates no Festival do Rio, muito antes de ser lançado.

Mas algo aconteceu e a estréia que estava prevista para Dez/2007 foi cancelada. O filme foi retirado do circuito e jogado na geladeira. Mas alguma alma caridosa resolveu joga-lo na internet e está disponível em torrents e redes P2P.



Se o "esquemão" não quer ganhar dinheiro com o filme o problema é dele. Mas isso não vai impedir o público de assisti-lo. Certos empresários ainda não entenderam as oportunidades da internet e poderiam ter lançado o filme sob-demanda para o público que gostaria de assisti-lo. Por um preço preço legal, que não fosse abusar do meu bolso, eu pagaria para assistir online. Mas infelizmente muitos empresários e políticos ainda estão na era da máquina de escrever e da tv aberta via VHF.

12/07/2008

Começou o Anima Mundi 2008









O Anima Mundi é um dos eventos mais legais do ano. É possível encontrar gente de 8 a 80 anos, e os mais velhos que a princípio iriam para acompanharem seus filhos ou netos, acabam achando um filme que lhes interesse.

O evento ajudou a popularizar a cultura do cinema de animação e mostrando que este não é apenas "coisa de criança". Há filmes complexos e de temática adulta (não filmes eróticos, apesar de haver porém em sessões reservadas, mas filmes com enredos e personagens complicados de entender para uma criança).

A novidade é o júri popular de filmes para celulares e para a web. Pode-se votar no site naquele que vai ser exibido no festival.




Confira a programação no site do evento.

10/07/2008

Manifesto em defesa da Liberdade e do Progresso na internet brasileira

A Internet ampliou de forma inédita a comunicação humana, permitindo um avanço planetário na maneira de produzir, distribuir e consumir conhecimento, seja ele escrito, imagético ou sonoro. Construída colaborativamente, a rede é uma das maiores expressões da diversidade cultural e da criatividade social do século XX. Descentralizada, a Internet baseia-se na interatividade e na possibilidade de todos tornarem-se produtores e não apenas consumidores de informação, como impera ainda na era das mídias de massa. Na Internet, a liberdade de criação de conteúdos alimenta, e é alimentada, pela liberdade de criação de novos formatos midiáticos, de novos programas, de novas tecnologias, de novas redes sociais. A liberdade é a base da criação do conhecimento. E ela está na base do desenvolvimento e da sobrevivência da Internet.

A Internet é uma rede de redes, sempre em construção e coletiva. Ela é o palco de uma nova cultura humanista que coloca, pela primeira vez, a humanidade perante ela mesma ao oferecer oportunidades reais de comunicação entre os povos. E não falamos do futuro. Estamos falando do presente. Uma realidade com desigualdades regionais, mas planetária em seu crescimento. O uso dos computadores e das redes são hoje incontornáveis, oferecendo oportunidades de trabalho, de educação e de lazer a milhares de brasileiros. Vejam o impacto das redes sociais, dos software livres, do e-mail, da Web, dos fóruns de discussão, dos telefones celulares cada vez mais integrados à Internet. O que vemos na rede é, efetivamente, troca, colaboração, sociabilidade, produção de informação, ebulição cultural.

A Internet requalificou as práticas colaborativas, reunificou as artes e as ciências, superando uma divisão erguida no mundo mecânico da era industrial. A Internet representa, ainda que sempre em potência, a mais nova expressão da liberdade humana. E nós brasileiros sabemos muito bem disso. A Internet oferece uma oportunidade ímpar a países periféricos e emergentes na nova sociedade da informação. Mesmo com todas as desigualdades sociais, nós, brasileiros, somos usuários criativos e expressivos na rede. Basta ver os números (IBOPE/NetRatikng): somos mais de 22 milhões de usuários, em crescimento a cada mês; somos os usuários que mais ficam on-line no mundo: mais de 22h em média por mês. E notem que as categorias que mais crescem são, justamente, "Educação e Carreira", ou seja, acesso a sites educacionais e profissionais. Devemos, assim, estimular o uso e a democratização da Internet no Brasil.

Necessitamos fazer crescer a rede, e não travá-la. Precisamos dar acesso a todos os brasileiros e estimulá-los a produzir conhecimento, cultura, e com isso poder melhorar suas condições de existência. Um projeto de Lei do Senado brasileiro quer bloquear as práticas criativas e atacar a Internet, enrijecendo todas as convenções do direito autoral.

O Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo quer bloquear o uso de redes P2P, quer liquidar com o avanço das redes de conexão abertas (Wi-Fi) e quer exigir que todos os provedores de acesso à Internet se tornem delatores de seus usuários, colocando cada um como provável criminoso. É o reino da suspeita, do medo e da quebra da neutralidade da rede. Caso o projeto Substitutivo do Senador Azeredo seja aprovado, milhares de internautas serão transformados, de um dia para outro, em criminosos. Dezenas de atividades criativas serão consideradas criminosas pelo artigo 285-B do projeto em questão. Esse projeto é uma séria ameaça à diversidade da rede, às possibilidades recombinantes, além de instaurar o medo e a vigilância. Se, como diz o projeto de lei, é crime "obter ou transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular, quando exigida", não podemos mais fazer nada na rede. O simples ato de acessar um site já seria um crime por "cópia sem pedir autorização" na memória "viva" (RAM) temporária do computador. Deveríamos considerar todos os browsers ilegais por criarem caches de páginas sem pedir autorização, e sem mesmo avisar aos mais comuns dos usuários que eles estão copiando. Citar um trecho de uma matéria de um jornal ou outra publicação on-line em um blog, também seria crime.

O projeto, se aprovado, colocaria a prática do "blogging" na ilegalidade, bem como as máquinas de busca, já que elas copiam trechos de sites e blogs sem pedir autorização de ninguém! Se formos aplicar uma lei como essa as universidades, teríamos que considerar a ciência como uma atividade criminosa já que ela progride ao "transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado", "sem pedir a autorização dos autores" (citamos, mas não pedimos autorização aos autores para citá-los). Se levarmos o projeto de lei a sério, devemos nos perguntar como poderíamos pensar, criar e difundir conhecimento sem sermos criminosos.

O conhecimento só se dá de forma coletiva e compartilhada. Todo conhecimento se produz coletivamente: estimulado pelos livros que lemos, pelas palestras que assistimos, pelas idéias que nos foram dadas por nossos professores e amigos... Como podemos criar algo que não tenha, de uma forma ou de outra, surgido ou sido transferido por algum "dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular"? Defendemos a liberdade, a inteligência e a troca livre e responsável. Não defendemos o plágio, a cópia indevida ou o roubo de obras. Defendemos a necessidade de garantir a liberdade de troca, o crescimento da criatividade e a expansão do conhecimento no Brasil. Experiências com Software Livres e Creative Commons já demonstraram que isso é possível. Devemos estimular a colaboração e enriquecimento cultural, não o plágio, o roubo e a cópia improdutiva e estagnante. E a Internet é um importante instrumento nesse sentido. Mas esse projeto coloca tudo no mesmo saco. Uso criativo, com respeito ao outro, passa, na Internet, a ser considerado crime.

Projetos como esses prestam um desserviço à sociedade e à cultura brasileiras, travam o desenvolvimento humano e colocam o país definitivamente para debaixo do tapete da história da sociedade da informação no século XXI. Por estas razões nós, abaixo assinados, pesquisadores e professores universitários apelamos aos congressistas brasileiros que rejeitem o projeto Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo ao projeto de Lei da Câmara 89/2003, e Projetos de Lei do Senado n. 137/2000, e n. 76/2000, pois atenta contra a liberdade, a criatividade, a privacidade e a disseminação de conhecimento na Internet brasileira.

Sérgio Amadeu da Silveira é sociólogo e Doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. É professor da pós -graduação da Faculdade de Comunicação Cásper Líbero. Autor de várias publicações, entre elas: Exclusão Digital: a miséria na era da informação. Militante do Software Livre.

Ajude a derrubar esta aberração que pode transformar o Brasil numa China em termos de liberdade da informação. Vote no Petition Online.

08/07/2008

Concurso Design de Botequim

06/07/2008

Expo MTV no Oi Futuro


Mais uma vez o Oi Futuro arrebenta trazendo uma exposição original e contemporânea.
A MTV reuniu todas as suas vinhetas e decidiu exibir num projeto que deve rodar algumas capitais do Brasil.
Sob a responsabilidade da Tecnopop e com o trabalho de multimídia do João Bonelli, essa com certeza será uma exposição imperdível!

02/07/2008

Senador quer criminalizar Fansubbers e redes P2P.

Parece que o Senador Eduardo Azeredo tomou gosto em querer lutar contra a liberdade na internet.
Mas ele não é o único culpado.

O culpado é uma indústria burra, estacionada no tempo, feita por "profissionais" inflexíveis, cegos e incapazes de vislumbrar algo que seja novo e criativo. Seguidores de um modelo de negócios que lhes foi transmitido na faculdade e por outros profissionais que estão no mercado a mais tempo. Não conseguem enxergar a oportunidade estampada na cara de cada um deles. A era do monopólio da tv a cabo acabou! Se acompanhassem a blogosfera, visitassem os sites de tecnologia, se atualizassem com as novas tecnologias não teriam esse medo.

A indústria americana já percebeu isso a muito tempo e dispõe seus filmes e séries de forma legal na internet seja mantido por patrocinadores como o Joost, ou pagando o conteúdo sob demanda como é o caso do Hulu ou da Aplle TV.

É hora de decretar o fim de carreira de pseudo-marketeiros, administradores amarrados em métodos e preceitos que vão caindo um após o outro. São burocratas sentados em cadeiras de couro no alto de edifícios chiques em endereços nobres que já chegou a hora de gritar bem alto para eles:
"Chega! Vocês acabaram, estão ultrapassados e obsoletos, peguem seus diplomas, façam um canudo e ...!"

Estamos numa nova era da internet onde só haverá espaço para quem conseguir se sintonizar com a tecnologia e não brigar com ela.

Eis o texto referente ao projeto:

Ao aprovar o projeto Substitutivo ao PLC 89/2003, PLS 137/2000 e PLS 76/2000, redigido pelo Senador Azeredo, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara quer transformar milhares de internautas em criminosos.

O Senador Azeredo quer tornar uma das atividades mais criativas da Internet em ato criminoso. Quer transformar os fansubbers, os fanfictions e a tradução de séries de TV em crime. O Senador considera que traduzir um Mangá é um crime tão grave como invadir um banco de dados e subtrair dinheiro de um aposentado.

Milhares de jovens e adultos participam de grupos de Fansubbers traduzem animes (desenhos animados) do japonês para o português. Eles legendam estes desenhos e distribuem gratuitamente pela rede. Trata-se de um fenômeno mundial e muito popular no Brasil. Jovens, Advogados, médicos, engenheiros, universitários, com idade entre 16 e 35 anos, serão considerados criminosos assim que o Substitutivo do Senador Azeredo for aprovado no Plenário.

Além dos fansubbers, o Senador Azeredo quer colocar na prisão também os criadores de Fanfics ou Fanfictions. São ficções criadas por fãs de uma série de TV ou cinema qualquer. Pessoas comuns fazem o que Walt Disney fez com os Irmãos Grimm, recriam seus contos e estórias, mas fazem por hobby, sem intenção comercial. O fanfic são contos ou romances escritos por quem gosta de determinado filme, livro, história em quadrinhos ou quaisquer outros meios de comunicação. Somente um dos sites mais interessantes de Fanfic em português, criado em novembro de 2005, conta com aproximadamente 7,511 histórias (24,081 capítulos e o impressionante total de 37,620,962 palavras). Este site e centenas de blogs estarão na mira do substitutivo do Senador Azeredo.

Isto porque ninguém poderá usar nenhum arquivo sem a expressa autorização do seu autor. O artigo 285-B do Substitutivo do Senador Azeredo diz que será considerado CRIME:

"Obter ou transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular, quando exigida:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Parágrafo único. Se o dado ou informação obtida desautorizadamente é fornecida a terceiros, a pena é aumentada de um terço."

Como bem afirmou o jurista Lawrence Lessig, a criatividade estará em perigo se substituirmos a cultura da liberdade pela cultura da permissão. O Senador Azeredo com o artigo 285-B pretende criminalizar uma das principais características da cibercultura que é o remix, que são as práticas recombinantes. Azeredo quer bloquear uma das principais condições para a criatividade que é a reciclagem de idéias, a possibilidade de compartilhar bens culturais.

Será que todos os Senadores brasileiros sabem que eles irão considerar criminoso um jovem que baixa um capítulo da série Lost para traduzi-la, inserir a legenda em português, para distribui-la gratuitamente em redes P2P? Não é possível que eles considerem o ato de solidariedade do jovem, ao distribuir gratuitamente o vídeo legandado, como algo que exija o aumento de sua pena em "um terço".

Será que nossas cadeias precisam de gente criativa? O que este artigo 285-B tem a ver com o combate a pedofilia? Trata-se de uma agenda oculta? Será que nossas Casas legislativas querem criminalizar a cibercultura?


O PARECER do senador Azeredo pode ser obtido no endereço:
http://webthes.senado.gov.br/sil/Comissoes/Permanentes/CCJ/Pareceres/PLC2008061889.rtf

“a internet está criando uma geração burra?

geração internet (por Olivia Maia)

como pode deixar burro uma coisa que te dá possibilidades? que dá escolhas? que obriga a fazer escolhas?

mas hein?

sim, a nossa sociedade está ficando a cada dia mais burra. não vamos discutir o que é óbvio. mas é por causa da internet? do computador? da tecnologia? do iphone? duvido muito. a internet é só um espaço em que se pode disponibilizar informações. há informações falsas? sim. mas sempre houve, fora dela. sempre haverá. há bobagens e propaganda enganosa. como há fora da internet. como há na televisão e nos jornais e em toda a grande mídia de um modo geral.

a diferença é que na internet você pode escolher.

estão fazendo as escolhas erradas? não duvido. depois de anos aprendendo a assisir às maiores futilidades na televisão, por que esperar que vão procurar ensaios críticos sobre proust na internet? se ninguém se deu ao trabalho de desligar a televisão para, digamos, ler um livro sobre física nuclear, por que esperar que essa gente vá à internet pesquisar sobre a biodiversidade no congo?

claro que não. essa gente vai à internet para assistir a bobagens no youtube, porque é isso que aprenderam com a televisão. vão escrever scraps no orkut do amigo, porque a internet sempre vai ser espelho do que existe fora dela. vão ficar em redes sociais. não fosse a internet, estariam assistindo à MTV (eu diria que a MTV parece ficar a cada dia mais estúpida, mas concluí que ela não fala mais para a minha geração, então eu não seria mais capaz de compreendê-la).

não se lê? claro que não. mas tenho certeza que lêem mais do que antes da internet. ou, ainda: quem lê mal na internet não leria coisa nenhuma se não fosse a internet.

como, então, culpar a burrice da sociedade moderna por uma ferramenta que permite a escolha? não é a internet que dita a escolha. a culpa não é da internet. é da escolha. é do que determina as escolhas. mais que isso: o problema é justamente que as pessoas ainda não são capazes de se livrar do clichê da escolha comum e descobrir o quanto existe por trás dos vídeos do youtube ou da pesquisa rasa na wikipedia.

e não? vão dizer: o google me deixou muito burro, não preciso saber mais nada, basta jogar ali na caixa de busca. mas que merda, hein? desde quando tenho a obrigação de decorar todos os nomes dos rios do estado do maranhão? ou o nome daquele ator, daquele filme? a gente aprende na escola que saber é decorar e reproduzir na prova, e isso é uma estupidez sem tamanho. isso serve pra escola. isso não serve pra vida.

como poderia ser ruim uma ferramenta — que seja o google — que te dá a possibilidade de se lembrar dessas informações menores? que tal ocupar a cabeça com qualquer atividade mais… sei lá, criativa? que tal usar a internet como ela pode ser usada?

internet é escolha. e nisso ela é diferente da televisão e de toda a grande mídia. na grande mídia o objetivo é quebrar as pernas da possibilidade de escolher. há esse e aquele canal, esse e aquele programa. mas estão quase todos ligados a uma noção de que se deve falar ao espectador “médio”. claro que há um jogo de interesses por trás disso, e nesse jogo de interesses melhor mesmo é emburrecer todo mundo. e por isso o que existe é o clichê.

e convenhamos, quem vocês pensam que está sendo acusado de burro por usar a internet?

o nosso querido espectador “médio”.

o que há na televisão se reproduz na internet. o que há em toda a grande mídia se reproduz na internet. mas a internet é infinitamente maior que isso. e a merda é que a grande massa não se dá conta disso. o computador com a internet vira mais um joguinho estúpido para passar o tempo e matar a hora de estudar. pelo menos estão clicando e escrevendo — feito macacos, mas –. o que não deixa de ser melhor do que passar o dia na frente da televisão. ou não?”

28/06/2008

A força política da internet

A força política da Internet
A força política da Internet

CPI da pedofilia ameaça fechar o Google


Replicando artigo do MeioBit. É bom lembrar que o tal Senador Eduardo Azeredo foi o mesmo que tentou criar a felizmente fracassada lei que exige cadastro para usuários de internet.


A Comissão Parlamentar que investiga pedofilia na Internet (isso não deveria ficar a cargo da polícia?) anda reclamando do Google. Dizem que a empresa não colabora com as investigações, fazendo exigências para entregar dados de seus usuários.

O problema é que as "exigências" do Google incluem ordens judiciais e outras pequenas e incômodas formalidades que costumam atrasar a vida de qualquer um que não esteja acostumado a um Estado de Direito onde os Direitos de seus cidadãos sejam respeitados.

Demonstrando que realmente não gostam muito desse tipo de formalidade, o relator da CPI, Senador Demóstenes Torest (DEM-GO) ameaçou, no melhor estilo Hugo Chavez:

"Se houver recusa de cumprir a legislação brasileira, espero que as
autoridades competentes à frente do Ministério da Justiça tomem
providências para que o Google deixe de operar no Brasil"

Primeiro, não há legislação nenhuma sendo descumprida. Exigências de uma CPI que passam por cima do Processo Legal não são "legislação".

Segundo, se fosse uma empresa brasileira ameaçariam com o quê? Exílio? Paredon?

Depois ele caracteriza os outros provedores, que simplesmente liberam os dados solicitados como "do bem". Então quem não dá a mínima para a privacidade de seus usuários é "do bem"?

O que está em questão aqui não é a pedofilia. Essem devem ser presos, executados, torturados e julgados, nessa ordem se preferir (exceto quem via os filmes da Tracy Lords nos anos 80). O que não pode é abrir exceção no Processo Legal.

No momento em que, por uma suspeita de pedofilia o sujeito não tenha mais Direitos, quanto tempo até isso passar a ser usado para outros crimes? "Falar Mal do Governo" pode não ser crime, mas um promotor criativo associa isso a uma Lei de Segurança Nacional, e logo estaremos vivendo em 1984.

O Google está absolutamente certo em exigir que os procedimentos Legais sejam cumpridos.




26/06/2008

Fair Trade - Comércio Justo

20/06/2008

Expo Tipos 2










Exposição Tipo 2 na Galeria da Lagoa (UniverCidade)

A exposição revela os melhores alfabetos da disciplina Tipologia 2, do curso de Desenho Industrial da UniverCidade. Nesta mostra, o IAV apresenta os alfabetos criados pelos alunos de turmas anteriores a 2008, com estilos visuais e princípios criativos bastante diversificados. Período: de 18 de junho a 1 de julho de 2008
Horário: de 9h às 22h, de segunda a sexta-feira
Local: Galeria da Lagoa, Unidade Ipanema da UniverCidade

19/06/2008

A arte viva de Selarón













Jorgé Selarón é uma figura mítica para quem frequenta a Lapa. Nascido no Chile, veio para o Brasil na década de 60. As lendas sobre esta figura são varias, uns dizem que ele veio fugindo da ditadura de Pinochet, outros que entrou numa viagem de ácidos e simplesmente surtou abandonando família e trabalho e ainda há os que dizem que ele era um homem rico e culto que após ir a bancarrota resolveu abdicar de tudo e viver da sua arte.

Mas a verdade é que a arte de Selarón é unica. É um daqueles artistas que demonstram que a arte não deve ser algo velho e restrito a museus. Sua obra é palpavel e sua exibição gratuita. Qualquer um que chegue as escadarias que levam da Lapa a Santa Tereza têm acesso a esta obra magnífica que já foi difundida mundialmente através do clipe do Snoopy Dog e do recém lançado filme do Hulk. Visitar as escadarias do convento de Santa Teresa (ou convento das carmelitas, que deu origem ao famoso bloco carnavalesco) é um passeio mais do que obrigatório estando no Rio.

14/06/2008

O cinema de animação indiano



E não é só de Golimar que vive o cinema indiano. Bollywood também produz coisas para exportação e de alta qualidade. O filme Krishna 2 (não entendi o 2, porque esse é o primeiro) conta a história da deusa indiana Krishna e sua aventura numa encarnação na terra.

Pouco se sabe ainda sobre o enredo e sua data de lançamento comercial, mas o certo é que é algo bem diferente do que a Disney e os demais estúdios americanos vêm trazendo ao público mundial. A narrativa asiática para o cinema têm singularidades interessantes.

12/06/2008

15 Minutos

É a melhor coisa que há na TV aberta hoje. O programa é apresentado por Marcelo Adnet, que começou a ser conhecido em sua participação no Z.É - Zenas Emprovisadas.

09/06/2008

Vale 2 mil reais?



A promo dessa série foi extremamente bem pensada. A dicotomia da linguagem utilizada com o produto em si causa estranheza, que causa curiosidade.

08/06/2008

Firefox Download Day

Download Day 2008

Essa minha vida de nerd esta ficando realmente muito interessante. Depois de ficar totalmente viciado em blogar, agora estou entrando numa de participar (e divulgar) o Firefox Download Day.

A idéia é entrar para o Guiness como o software mais baixado em um dia. Bom, pensando bem, essa não é uma atitude tão "nerd" assim, é uma p***uta jogada de marketing viral que está longe de ser uma besteira.

Logos das cidades concorrentes as olimpíadas de 2016

07/06/2008

Latuff













É um dos cartunistas mais ácidos que existem hoje. Sem trabalhar formalmente para nenhum meio de comunicação da grande imprensa, foi ficando conhecido no meio da imprensa alternativa, principalmente no CMI (site do qual já fui voluntário) por usar somente a internet para tal.

Sem as amarras e o jogo de interesses que envolvem a mídia, ele se expressa livremente, sem precisar se importar se vai desagradar alguém importante, o que já lhe causou uma série de problemas. Seu trabalho é extremamente necessário pela ousisadia e "radicalidade".











Falar sobre o trabalho dele seria um grande desperdício de letras, este têm de ser visto!

06/06/2008

A Regra de Ouro

Não é coisa do Código Da Vinci e daquele escritor "maluco" Dan Brown que está cheio da grana agora. A regra de ouro é velha conhecida daqueles que trabalham com arte.



O mais interessante é que parece que muitos artistas, principalmente os autodidatas nasceram sabendo esta regra. A divisão proporcional, o peso de uma imagem, contraste, perspectiva. Tudo engloba a proporção áurea de alguma forma. A aplicação dessa regra na área visual chama-se Gestalt.

Esse conhecimento de como realizar belos trabalhos apenas usando umas poucas regras teria sido mantido em segredo pela maçonaria para que apenas seus membros pudessem realizar belas obras e assim serem louvados, aumentando o misticismo em torno de suas capacidades intelectuais, fazendo com que povos ignorantes temessem ou admirassem os maçons.
O símbolo maçom mais conhecido é o esquadro com o compasso. Ferramentas usadas por arquitetos e engenheiros. Outros são a estrela de cinco pontas e as colunas. Ambos vistos no vídeo do Pato Donald!

A civilização grega, berço da cultura ocidental já construia suas colunas, templos e monumentos baseados nesse conhecimento. Nessa pérola resgatada no Youtube há um documentário da TV Cultura que mostra exatamente isso.





As grandes obras, as grandes frases, as grandes idéias e principalmente os grandes homens estão calcados em princípios simples e verdadeiros.

05/06/2008

Softwares Gráficos Online

A era do software rodando em servidores realmente começa a se concretizar. Obviamente aplicações tradicionais como softwares profissionais ainda serão instalados no próprio computador.

Não bastasse o Google lançar o Google Docs, a Adobe também lançou o PhotoShop Express que permite uma edição mais simples porém satisfatória. Obviamente não podemos trabalhar com um arquivo em alta resolução de 100 megas para dar a saída em um fotolito por exemplo, mas um usuário comum que precisa apenas cortar e aplicar alguns efeitos mais simples numa foto para um álbum de família, encontra uma solução extremamente eficiente. A única coisa ruim é que você só pode trabalhar as fotos separadamente, não pode por exemplo arrastar várias imagens para um arquivo e criar uma composição.











Mas o que é mais interessante é como essa solução têm trazido concorrência a um setor quase monopolizado, que é a edição de imagens. O PhotoShop Express é apenas a reprodução do software que roda nos computadores comuns e ainda por cima sem a capacidade de ilustração. Não se pode desenhar um círculo que seja com a Marque Tool e aplicar um mísero preenchimento. Para quem não têm familiriadade com o PhotoShop, o programa parece complicado.

Ainda bem que alguém lá na Turquia percebeu isso e lançou uma solução mais adequada, o BeFunky, que permite aplicar rapidamente efeitos e brincar com imagens sem a necessidade da familiariedade com a interface gráfica de programa algum.











Só falta agora algo como um software vetorial como Illustrator e um de edição de vídeo como Avid ou Premiere. Mas se tratando de web 2.0, o céu é o limite.

04/06/2008

A "crise dos alimentos"

- “Vejo com indignação que muitos dos dedos apontados contra a energia limpa dos biocombustíveis estão sujos de óleo e de carvão”

Essas foram as palavras do presidente Lula na conferência da FAO.
Essa crise aparece justamente na hora em que os biocombustíveis começam a despontar como uma alternativa viável para exportação a ponto de competir com o petróleo a nível global.

Tal crise é alimentada com o argumento de que o consumo mundial de alimentos subiu e que lei da oferta e da procura esta regulando este mercado. Mas o Brasil têm batido recordes de exportação e na verdade o consumo só subiu mesmo 4%.

O que está acontecendo é pura especulação. Não existe crise alimentar e muitos espertalhões estão aproveitando para ganhar muito dinheiro. O que existe por trás é a indústria petrolífera e seu poder político trabalhando a todo vapor a fim de culpar o biocombustível brasileiro por uma suposta carestia.

Essa indústria petrolífera faz parte do complexo que engloba a indústria armamentista e de mídia que elegeu Bush presidente e que invadiu o Iraque em busca de armas de destruição em massa que jamais foram encontradas.

Essas pessoas são capazes de qualquer coisa, qualquer coisa mesmo para se mantêrem no poder e com poder.

Cursos de férias da PUC

03/06/2008

Operadoras de telefonia podem entrar no mercado de TV por assinatura

Em relatório, o conselheiro Luiz Carlos Prado - integrante do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) - avaliou que a entrada das operadoras de telecomunicações (como as empresas de telefonia) no mercado de pacotes de serviços de TV por assinatura, banda larga e telefonia não deve ser considerada, a princípio, prejudicial à competição.

Resultado de uma série de audiências públicas promovidas no ano passado pelo Cade para discutir os impactos na concorrência da convergência tecnológica, o relatório servirá como base para futuras decisões do órgão em processos relacionados ao tema.

No documento, Prado relata que em países europeus, como França e Espanha, a entrada de operadora de telefonia no mercado de TV por assinatura "não gerou efeitos anticoncorrenciais". Para ele, esse cenário dará aos consumidores maior poder de escolha, pacotes mais flexíveis e preços mais baixos.

Essas mudanças devem ter como objetivo estimular a competição, incentivar novos investimentos, diversificar e ampliar os serviços e promover o conteúdo nacional, como os programas de TV.

Prado diz ainda ser preciso uniformizar direitos e obrigações entre prestadoras que oferecem serviços similares, "independentemente da tecnologia empregada, nacionalidade do capital e estágio de desenvolvimento das redes".

O serviço de TV por assinatura, atualmente, é prestado e dividido em três modalidades: TV a cabo, via satélite (DTH) e por microondas terrestres (MMDS). Para cada um deles há regras diferentes, inclusive sobre a participação de capital estrangeiro, que é limitada a 49% na TV a cabo e liberada nos demais segmentos.

De acordo com o conselheiro, a convergência tecnológica é um processo que não pode ser contido, já que faz parte de um movimento mundial, do qual a sociedade é a "maior beneficiária". Para isso, aponta a necessidade de promoção, por parte do Estado, de um ambiente competitivo e saudável.

Radiohead - All i Need

Essa música e sensacional.
Eles são uma das bandas que eu mais gosto,foram os primeiros a entender que simplesmente não dá mais pra lutar contra os avanços da tecnologia. A troca livre de mp3 e uma realidade e o Youtube é o melhor meio de divulgação, e não um inimigo a ser combatido.
Disponibilizaram seu último cd para ser baixado da internet. Além disso sua visão crítica da realidade sem ser panfletário ou radical e muito boa.
Outras bandas acabaram copinado como o Pennywise em seu último CD.



Letra:
I'm the next act waiting in the wings
I'm an animal trapped in your hot car
I am all the days that you choose to ignore

You're all I need
You're all I need
I'm in the middle of your picture
Lying in the reeds

I am a moth who just wants to share your light
I'm just an insect trying to get out of the night
I only stick with you because there are no others

You are all I need
You are all I need
I'm in the middle of your picture
Lying in the reeds

It's all wrong
It's all right
It's all wrong

Ades Ritmos Urbanos



O Ades Ritmos Urbanos é um dos melhores sites em Flash que eu já vi até hoje.
A integração do flv no início da um toque extremamente interessante, pois utiliza recursos de vídeo de uma animação feita em 3D.

Porém o mais interessante é a interatividade. As melhores campanhas de marketing digital já entenderam que não podem mais tratar o consumidor/usuário com a passividade tradicional. Essa tendência começou com os sites de carros. O CrossFox e o Punto foram os primeiros a explorararem essa interatividade na web brasileira.

A comunicação tradicional sempre foi feita em apenas uma direção e isso acabou se refletindo na web também. Voltando ao site promocional da Ades, ele possibilita a criação de truetones e seu download. Ou seja, além de trazer a interatividade ele ainda a expande para outras mídias.

Esse site é um exemplo perfeito do que se espera da publicidade digital na era da web 2.0.

19/05/2008

LiveStation


Em parceria com a Microsoft, uma empresa inglesa chamada Skinkers lançou um software chamado Livestation que transmite tv pela web.
Mas peraí, ja existem vários destes programas por aí! - alguns dizem.
O grande diferencial do LiveStation é a capacidade que ele têm de usar a rede P2P para transmitir ao vivo. Diferentemente do Joost que possui seus programas para serem assistidos sob demanda.
Sem sobrecarregar o servidor, o LiveStation joga a transmissão para apenas um ponto e é redistribuída infinitamente.

Não bastasse a enorme inovação tecnológica, o conteúdo disponível também é de primeira.
Al Jazeera em inglês, BBC Internacional, Rádio BBC, EuroNews em inglês, francês e italiano, Russia Today e mais alguns outros que infelizmente ficam bloqueados para nós aqui no Brasil.

Num país onde TV e internet são algo tão essencial na vida das pessoas, um programa como esse têm tudo para virar uma febre.