30/08/2008

Escritórios de Portas Abertas

A PUC novamente lidera as iniciativas em prol do reconhecimento e do desenvolvimento do Design.
As empresas que mais têm crescido são as que estão investindo tanto em design quanto em sustentabilidade. Um belo exemplo é a Samsung.
Depois da realização da feira industrial que reuniu três feiras em uma, o Governo do Estado resolveu entrar nesta parceria.

Mas a melhor notícia é que não apenas a PUC, mas também a UERJ está nessa empreitada. Ela têm o melhor curso de design de produto do Brasil, e uma biblioteca fantástica com um acervo de milhares de livros de arte e design de todo o mundo. (Esta biblioteca ainda fica de muro colado com a escola de música da UFRJ. Fazer uma pesquisa ao som de um violino ou arpa é uma experiência indescritível).

A ESDI foi fundada diretamente pelos pioneiros da Bauhaus fugidos da perseguição nazista. Ela se tornara até a década de 60 o pólo nacional de orientação a nova produção industrial brasileira.

22/08/2008

Google fazendo contas

Voce sabia que o Google faz contas?

Se voce disse nao provavelmente faz parte da maioria das pessoas. A "descoberta" foi feita sem querer no traballho. Digite a equacao seguida do sinal = e espere o resultado.

P.S: Primeiro post usando o iMac. Ainda nao sei usar os acentos aqui.

17/08/2008

Não dá para reinventar a roda - "A tal VJ Times"

por Fabio Lopez

A alguns dias atrás, a equipe de designers da VEJA apresentou algumas mudanças no projeto gráfico da revista, para finalmente resgatar a publicação da década de 80.

O resultado vocês podem verificar nas bancas. Ou não.

Segundo o responsável pelo projeto, o diretor de arte Carlos Nery, a maior alteração ficou a cargo da tipografia: para substituir a descolada Times New Roman, utilizada pela revista há quase 500 anos, a equipe 'projetou' uma NOVA versão da Times (isso mesmo) batizada internamente de VJ Times.

As alterações consistiram basicamente em torná-la menos legível - apesar do diretor de criação ter argumentado justamente o oposto na apresentação oficial do projeto.

Com o intuito de socar mais informação na página da revista, o designer condensou levemente a Times, reduziu suas hastes ascendentes, aproximou os acentos das letras e tornou a fonte levemente mais fina.

Apesar de achar o veículo de informação em questão desprezível (e o Mainardi um completo débil mental) meu espírito de porco falou mais alto, e após ler meia dúzia de críticas sobre o projeto numa outra lista de discussão, calcei o chinelo e me dirigi imediatamente a uma banca de jornal para verificar o que havia sido feito e encontrar divertidas formas de contrariar os outros.

Mas foi impossível. :)

Além de 'atualizar' a Times com a Times Tabajara, o designer parece ter feito tudo que não devia pra deixar a revista um pouco pior. São alterações milimétricas, mas que milimetricamente conseguem foder os culhões do leitor, cansando-o por tornar a leitura ainda mais cansativa - não bastando o conteúdo das matérias e o posicionamento ideológico da revista, parecido com as opiniões daquele seu vizinho reacionário que lamenta o fim da ditadura.

A redução nas ascendentes tornou o contorno das palavras mais sutil e seu reconhecimento imediato mais tortuoso; os acentos estão perigosamente colados nas letras - criando a olhos desatentos caracteres de compreensão duvidosa (ver 'ô'). A redução nas ascendentes causou ainda uma aproximação (intencional) entre as linhas da página, socando a informação e prejudicando o alívio da mancha de texto - proposto de forma antagônica na diminuição da espessura das letras. Essa redução no peso não foi uma atitude muito inteligente, na medida em que uma impressão em rotogravura exige letras mais resistentes, com serifas e hastes sólidas para suportar uma imagem naturalmente pontilhada.
Fotos retiradas com o auxílio de um conta-fios podem ser vistas nesse link (cortesia de Mario Amaya):
alt="Chega a doer os olhos" http://marioav.nadamelhor.com/blog/0808/080804-veja/

As fotos estão muito aproximadas e o melhor é ver a revista na banca. Nessa situação em um primeiro momento nada é percebido, mas com um olhar mais atento é possível reparar que a leitura está sutilmente mais difícil.

Ao que parece, a Franklin Gothic dos títulos também sofreu alguma alteração - nos mesmos moldes Tabajara (e com os mesmos objetivos) do que foi feito com a Times.








Para retirar a dúvida, vale comparar a revista VEJA com a concorrente Época, que recentemente também passou por uma reforma gráfica. No lugar de redesenhar a tipografia nos fundos do quintal, os designers escolheram para a publicação a excelente Stag, do type designer Christian Schwartz e deixaram o projeto bem melhor.

Não se assuste se encontrar inúmeros elogios a equipe de tipólogos (sic) na sessão de cartas: é praxe ver políticos e baba ovos profissionais jogando confete na equipe editorial por qualquer coisa - principalmente no que puder fazer o conteúdo das matérias se tornar ainda mais obscuro.

Ver para crer.

10/08/2008

Brasil Campeão na Internet

Essa reportagem de Carta Capital é a melhor leitura do que de fato vêm ocorrendo na internet brasileira. Explica sem usar uma linguagem imbecil desde o fenômeno das lan houses, as cidades digitais e até o tal jeitinho brasileiro de usar a internet, jeitinho positivo vale ressaltar.

Mostra o lado construtivo da rede como o caso do mendigo que baixava apostilas pela internet numa biblioteca pública e acabou passando num concurso para o Banco do Brasil, e não aquela coisa de antro de pedofilia ou destruidor de casamento.

Uma reportagem como essa era extremamente necessária num momento em que a web é crucificada como centro de todos os males do mundo. A internet é um reflexo do mundo exterior pois é feita de pessoas que usam máquinas.

Ressalta ainda que o maior entrave ainda é o alto custo da banda larga, quase 400 vezes mais caro que no Japão e propõe uma discussão sobre como baratea-la. Imperdível!

04/08/2008

Sistemas de Navegação "Touchscreen"

Não sabe o que é touchscreen?

Isso é Touchscreen! Fiquei quase uma tarde na AppleStore na FNAC do BarraShopping fuxicando o iPhone sob os olhos de "-Ou compra vai embora seu chato!" da vendedora. Tudo bem que era o antigo, mas o que mais me interessava era o sistema de navegação.

Ele subverte toda a arquitetura da informação como a conhecemos. Os elementos comuns como textos, imagens e boxes podem ser redimensionados do jeito que quisermos. Podemos girar, arrastar e até dar um tapa na tela para ver o "susto" que o elemento toma. O que fazer agora já que a barra de navegação desaparece?

A navegação pode se extender horizontalmente ou verticalmente. Ampliar e mostrar conteúdo hiper-reduzido e então ampliá-lo. Alterar propriedades de cor, luminância, forma e até se transformar em outros elementos.

Num contexto deste, é impossível imaginar que rumo isto vai tomar, aliás pode tomar milhares como é característico da internet.

Tudo muito bonito, tudo muito muderno. Mas e agora para usar o Photoshop? E o esforço braçal? Será que vou terminar o dia feito o Chaplin de tanto apertar os parafusos? Vou sair querendo recortar e colorir tudo que vir pela frente?

Seria maravilhoso se o mundo real tivesse estes comandos. Assim que eu visse um acidente por exemplo, poderia clicar CTRL+Z e evitar que o pior ocorresse. Selecionar algumas pessoas e apertar Mudo, ou quem sabe Delete? Colocar a mao na minha carteira, segurar uma nota e ir clicando infinitamente "Duplicar Elemento".



Pena que não é assim. A tecnologia ja está disponível para PC´s, pena que infelizmente ainda não foi comercializada de forma que seja consumida em massa, mas uns doidos do TechCrunch lançaram o desafio de fazer a parada custar até 200 dólares e foi um dos artigos mais comentados da história do site. O que isto pode render de agora em diante é algo que só o tempo dirá!